Depois de 16 anos graduada em fisioterapia, posso dizer que sei o que são as inseguranças
típicas que surgem ao adentrar no mercado de trabalho.
Mesmo depois de muitos aprendizados, entendemos que nunca paramos de adquirir conhecimento, principalmente no cenário de pandemia mundial. Profissionais recém-formados e até mesmo os mais experientes precisaram saber como atuar em frentes de UTI’S.
Fisioterapeutas que já atuavam no cenário hospitalar tiveram uma maior visibilidade em
processos de intubação e extubação do paciente com COVI-19, além de apoiar os processos de
reabilitação respiratória e motora que geralmente necessitam de um tratamento mais longo,
podendo se estender após a alta hospitalar.
Além do dia a dia do trabalho, profissionais sofreram com pressões inéditas gerando estresse
por razões como alta demanda de serviços e casos de óbitos. Remeto que os conhecimentos
só aumentam também no controle emocional do profissional da saúde, equilibrando seus
medos, anseios pessoais e também em preocupações com pacientes, que algumas vezes não
correspondiam ao tratamento realizado.
Em casos mais graves e que já não tínhamos respostas com as manobras convencionais,
ocorreram intervenções com a chamada PRONA (decúbito ventral) composta de pelo menos
cinco profissionais da saúde, como enfermeiros e fisioterapeutas que de forma organizada,
segura e ordenada conduziram a manobra de forma eficaz, por meio dos parâmetros
hemodinâmicos, ventilatórios e clínicos detectados através de gasometria arterial.
Sabemos que também lidamos com diversos tipos de pacientes e seus estados emocionais e
nosso papel neste caso é entender o quão desconfortável pode ser aquele procedimento para
uma pessoa que se encontra fragilizada e assim, acolher no cuidado, nas palavras de incentivo
e olhar de forma humanizada o atendimento que prestamos.
Realizando esse trabalho em equipe, podemos entender bem o conceito de equipe multi ou
transdisciplinar conectando os conhecimentos, experiências e a vivência de cada um por um
único propósito e objetivo: o bem do paciente!
Você que se identificou com o artigo, te convido a refletir o quanto nossa profissão nos trouxe
um turbilhão de conhecimentos novos, emoções diferentes e o quanto podemos levar isso
para crescimento pessoal e profissional.
Já não somos mais os mesmos profissionais de saúde! E afinal, quem somos?
Danielle Kim trabalha para que os fisioterapeutas da ICare sejam constantemente
aperfeiçoados nas suas habilidades e incentivados na sua humanidade, para prestar um
atendimento de qualidade e excelência.