1º de Abril – Dia da Mentira

4 de abril de 2024Relacionamento interpessoal , Saúde mental

Parece que inventar histórias faz parte da humanidade. Quem nunca contou uma mentira, mesmo que fosse inofensiva, que atore a primeira pedra. Em excesso sugerem transtornos psicológicos graves, além de comprometer a idoneidade e trazer consequências para quem conta. Hoje é o Dia da Mentira e a tradição dessa data remonta à instituição do Calendário Gregoriano, que substituiu o Calendário Juliano por determinação do Concílio de Trento (conselho ecumênico da Igreja Católica). Historiadores afirmam que parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro como início do ano e foram zombados pelo resto da população que pregavam uma peça convidando os resistentes às mudanças, para festas e comemorações inexistentes no 1º de abril. Nascia assim a tradição de pregar peças nas pessoas. No Brasil, a tradição de contar mentiras no 1º de abril foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa. Numa época em que somos assombrados pelas fake News e por golpistas, a data pode não ser mais motivo de graça. Mentir e não ser descoberto, para algumas pessoas é o mesmo que dizer a verdade. Existem pessoas que mentem de forma tão compulsiva que precisam de tratamento, já que suas mentiras se tornam um comportamento disfuncional em suas vidas. A mentira compulsória é chamada de mitomania. “A mitomania, também conhecida como mentira patológica e a tendência duradoura e incontrolável para a mentira”, explica o psiquiatra e Coordenador da Equipe de Transtornos Psicóticos do AME Psiquiatria, Deyvis Rocha. O mitômano é aquela pessoa que mente compulsivamente, sejam mentiras “inofensivas” ou histórias extremamente detalhadas, com referências à realidade que dificultam o reconhecimento da mentira pelas demais pessoas. Um fato curioso é que o mitomaníaco nem sempre conta suas mentiras para obter alguma vantagem ou recompensa. Em grande parte dos casos o mentiroso acaba sempre se posicionando como herói de uma narrativa. Sendo um mitomaníaco ou um mentiroso por ocasião, a mentira desgasta as relações, fragiliza os laços de confiança, pode ocasionar processos judiciais ou trabalhistas, rompe relações afetivas e pode desestabilizar famílias inteiras. Nesse dia da mentira, fazemos um convite para você: 1º Não brinque com os sentimentos das pessoas que acreditam em você, mentindo para elas; 2º Lembre-se que a mentira é difícil de sustentar e, sendo descoberta acarreta muita decepção nas pessoas que você ama; 3º Mentir pode ser crime! Espalhar fake News, difamar e caluniar é considerado delito. A mentira passa a ser um problema jurídico quando afeta diretamente algo ou alguém, prejudicando a honra, liberdade ou patrimônio de uma pessoa. A calúnia por exemplo, pode ser punida com pena de 6 meses a 2 anos de detenção, como prevê o Código Penal Brasileiro. 4º Se você não consegue parar de mentir, procure ajuda profissional: existem técnicas que podem ajudar você a parar com esse vício de comportamento e recuperar a sua credibilidade. Referencias:A Mentira como um hábito Disfuncional: Um estudo sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento da Mitomania https://doi.org/10.14295/idonline.v13i47.2098https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-04/conheca-historia-de-1o-de-abril-dia-da-mentirahttps://spdm.org.br/noticias/saude-e-bem-estar/mitomania-saiba-o-que-e-a-doenca-da-mentira-patologica/https://ascom.ufpa.br

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Qual comportamento devemos manter para acalentar a inovação na nossa rotina?

1 de dezembro de 2021Inovação

A inovação é uma das competências discutidas na iCare e, numa live sobre esse tema, fiz a seguinte pergunta: “Qual comportamento devemos manter para acalentar a inovação na nossa rotina?” O debatedor da live e coordenador da área de inovação da Imed Group, Dr. André Nunes respondeu objetivamente: “Não ter medo de errar”. A live acabou e fui dormir com essa resposta na cabeça, uma parte de mim discutindo com toda minha trajetória de profissional na saúde, cenário que errar sempre foi meu maior temor. Acordei incomodada com a possibilidade de que esse meu medo me impeça de evoluir e melhorar. Compartilho com vocês alguns fatos que refleti sobre o tema. Primeiro fato: Achamos que inovação é para quem pode arriscar. Os profissionais de saúde têm medo de errar, pois as consequências do erro podem impactar na vida do paciente de forma irreversível. Estabelecemos processos que deem segurança ao nosso trabalho, usamos ferramentas para proteger o processo do erro como checklist, dupla checagem, readback, teachbach, 5Certos, validações dentre tantas outras. Temos tanto medo de errar quanto de assumir os erros e não raro, usamos protocolos como escudos simbólicos para disfarçar o assunto, deixando de enxergar o processo assistencial como dinâmico e desafiador.  Sim, os processos que garantem a segurança da assistência são necessários. Portanto, não é esse tipo de risco que se discute em inovação. Segundo fato: Inovar requer algum nível de “desconforto”. Usamos muito o termo “conforto” na assistência, visando o acolhimento físico e emocional necessário aos nossos pacientes. Mas quando tratamos da carreira, o conforto pode significar “acomodação”. Crescer dói, já dizia a minha avó. Crescer profissionalmente exige um certo nível de descontentamento, uma dose daquele ímpeto juvenil de não se acomodar com o que está determinado e o desejo de fazer melhor. Quantos profissionais não “pararam no tempo” por que se julgam ótimos? Em pouco tempo, o raciocínio limitante de que já se atingiu o ápice profissional, trará prejuízos a longevidade de qualquer carreira do mercado. Terceiro fato: Fantasiamos que inovação é algo extraordinário e além da nossa capacidade. Inovar parece tão disruptivo que dificilmente enxergamos como uma habilidade presente em nossa vida. Sabe aquela vez que você improvisou um ingrediente que faltava na sua receita de bolo, e ele saiu melhor do que você imaginava? Ou quando, recentemente, vimos comovidos a cena das luvas com água morna “segurando” a mão de um paciente na UTI, para confortá-lo? Eram inovação. Ou pelo menos a semente dela. As pessoas tendem a ser naturalmentecriativas em solucionar imprevistos do seu dia a dia. E essas soluções podem significar umlampejo da inovação nas nossas vidas, que de comum, não tem nada. Viver é extraordinário.Inovar é consequência. Quarto e último fato: Inovar é atividade coletiva. Todas – eu disse todas – as memórias sobre inovação que tenho na minha carreira, se deram em equipe. Sabe aquela ideia maluca de trazer o cachorro do paciente para visitá-lo no leito de hospital? Ou aquele método de dimensionar as visitas do psicólogo nos pacientes internados? Ou ainda, usando o tablet, comunicar más notícias ao paciente internado com COVID19 no hospital de campanha? Todos esses exemplos e mais tantos outros, só aconteceram porque eu tinha lideranças e parceiros de trabalho que estavam abertos a ouvir, a acolher, a testar (dentro de regras de segurança) e a medir o impacto dessas ideias, melhorando-as na próxima vez. Estou convencida que teria desfechos de fracasso se optasse em “inovar” sem essas pessoas, pois cada uma delas contribuiu com sua crítica e considerações, tornando uma nova ideia em ação que agrega valor. Se você também já pensou que inovação não é para você, talvez esteja apenas precisando aprender como não ter medo de errar, com quem e onde errar e, acima de tudo, como transformar o erro em sustentabilidade.

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Você constrói “muros” ou “pontes” na sua carreira?

1 de dezembro de 2021Carreira , Relacionamento interpessoal

No último artigo publicado pela ICare, o Sergio Viebig fez a seguinte afirmação: “nossoscaminhos profissionais podem passar por empresas ou setores distintos, mas o que não sepode perder é a imagem e o legado que deixamos por onde passamos”. Esse trechinho me fez pensar sobre as minhas relações nesses últimos 30 anos de profissão econvido você a fazer uma reflexão de qual tipo de legado construímos enquanto trabalhamos. Ponto nº 1: Tão importante como começar uma carreira, é mantê-la. Depois que a fase derecém-chegado numa instituição passa, vamos nos aculturando ao local. Infelizmenteobservamos profissionais cujo encantamento pela profissão e a vontade de fazer a diferençaperdem força e muitos entram naquela fase de acomodação. Particularmente acho bem tristequando isso acontece, é a chama de propósito pessoal enfraquecendo, dia após dia. Sabequando se trabalha para pagar boletos? É isso. Muitas questões estão envolvidas nesse declínio motivacional: as dificuldades dos recém-formados se inserir no mercado ou a dos mais experientes se ajustar as incontáveis mudançasde cenário, a falta de políticas de desenvolvimento de pessoas e de retenção de talentos nasempresas, a competitividade salarial, a crise econômica, a frustração pelo investimento nosestudos sem retorno financeiro imediato, entre outras. O desencantamento profissional podeser um caminho perigoso, pois desencadeia sofrimento e prejuízos incontáveis. Ponto nº2: Tão importante quanto manter uma carreira, é encerrá-la, é sair de cena de formapositiva, deixando colegas que veem em você uma referência naquilo que você faz. Erro de principiante é pensar que as pessoas com as quais trabalhamos não vão se lembrar decomo foi a experiência de trabalhar com a gente.  Se você não soma na sua equipe, se seuscolegas não contam com você ou se sua jornada profissional é baseada em “cada um por si”, posso supor que você tende a construir muros por onde passa. Muros existem para proteção de invasores. Muros separam e tratam do nosso eterno medo dooutro, do vizinho, do que vem de fora. Muros isolam pessoas. Muros numa carreira vão te impedir de fazer networking e de se desenvolver pois tratam osdemais colegas como concorrentes ou como rivais no conhecimento que você acha que possui.Muros mostram que não há confiança com o que (ou quem) está ao lado. Ponto nº3: Os recrutadores confirmam que inteligência emocional, trabalho em equipe ecomunicação assertiva são as características “de ouro” nos candidatos. Se você observar bem,todas são competências que envolvem a relação interpessoal. Sim, como você se relacionapode ser mais determinante na sua carreira do que sua experiência ou seu curriculum. E sabepor quê? Porque o mercado exige pessoas que construam pontes! Pontes são diferentes dos muros pois elas conectam pessoas! Pode-se medir a evolução dasociedade pelas pontes que ela constrói para superar obstáculos naturais, facilitar que osrecursos cheguem, encurtar distâncias e unir comunidades. Profissionais que constroem pontes não são aqueles que trocam favores ou omitem falhas noprocesso para não comprometer o colega. Nem se trata de ser “amigo” de todo mundo, longedisso! Construir pontes exige uma “engenharia” complexa em que a segurança, a estética e o propósito sejam bem definidos, e mais, exige que ambos os lados estejam de acordo em serem tocados pela jornada compartilhada. Ponto final: Seja seu primeiro ou último dia em alguma empresa, comprometa-se com suacarreira e cultive valores sólidos ao lado de boa capacitação técnica. Você não é seu cargo.

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Crianças – Qual a dose certa da tecnologia para elas?

25 de novembro de 2021Criança e adolescente , Tecnologia

Em 2020 as famílias brasileiras passaram por inúmeras mudanças, dentre elas, a alteração darotina escolar das crianças: houve o adiantamento das férias escolares, as crianças fizeram amaioria do ano letivo em casa, algumas escolas enviaram aulas gravadas, outras fizeram aulasvirtuais e infelizmente, algumas outras descontinuaram seus estudos. Aos poucos, as aulas presenciais começaram a voltar e se antes da pandemia já se achavademais a forma como as crianças usavam a tecnologia e os equipamentos digitais para seulazer e interação social, neste último ano, sem a possibilidade de interagir com o ambienteexterno e lidando com as responsabilidades escolares por meio destas ferramentas, isso só seintensificou. Muitos pais têm dificuldade em organizar o tempo de seus filhos em frente as telinhas esabemos o quão é importante diversificar os interesses e atividades da molecada para o bomdesenvolvimento cognitivo, emocional e social. A rotina de uma criança deve possuiratividades diversas e com fins distintos. Para contribuir com esse tema, destacamos as seguintes sugestões aos pais e educadores:

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Dicas para o profissional manter o equilibrio emocional

12 de agosto de 2021Educação , Saúde mental

Vamos ser honestos sobre esse tema tão polêmico? Antes da pandemia, nós profissionais da saúde, já apresentávamos vários sintomas deesgotamento físico e mental não é mesmo? Bem da verdade, a pandemia de Covid-19piorou o cenário e, passado o primeiro ano que o fim da pandemia foi decretado (emmaio de 23), o tema da saúde mental continua relevante para nossa rotina. Para contribuir com a qualidade de vida no ambiente de trabalho, vamos deixar algumassugestões para sua reflexão: Rita Calegari é psicóloga e coordena a área People Care People da iCareGroup. Elaespera que esse artigo possa contribuir positivamente com sua jornada de vida e detrabalho. Para conhecer mais sobre a iCareGroup acompanhe nossas mídias@icareassistencial e nosso site www.icaregroup.com.br

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A arte de dar e receber feedback

6 de agosto de 2021Ferramentas , Gestão de pessoas

Feedback é uma palavra de origem inglesa que pode ser traduzida como “comentário” ou“ponto de vista” e que é frequentemente utilizada. O feedback é reconhecido como uma ferramenta de Qualidade muito importante nasorganizações, utilizada como avaliação a respeito dos resultados obtidos em determinadaatividade por um profissional. Mas será que utilizamos essa ferramenta corretamente? Écomum quando se fala em feedback as pessoas ficarem tensas – afinal, é um tipo de“avaliação” e a maioria de nós não gosta desse tipo de experiência. Se o contato que tivemos com o feedback foi negativo, o processo pode ficar comprometido,já que quando estamos tensos, a maioria de nós tende a ficar mais sensíveis, menos receptivose em alguns casos, até mesmo reativos (que é reagir sem pensar, de forma passional epossivelmente negativa). Infelizmente não temos internalizado na maioria dos profissionais que o feedback pode seruma oportunidade riquíssima de entender como sua atuação é percebida/avaliada por seulíder ou mentor e, em especial, como se pode melhorar os pontos frágeis. Um feedback bemrealizado e bem recebido pode ser a chave do sucesso em uma carreira! Separamos algumas sugestões para ajudar você a tirar o melhor proveito desse momento: Rita Calegari coordena o time de Psicologia e o People Care People, da iCareGroup. Ela afirmaque os feedbacks que recebeu foram importantes na sua carreira e se esforça sempre que tema oportunidade de contribuir com a carreira dos demais usando essa ferramenta.

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